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Respondendo ao Irão

NOVA IORQUE - Temos um conhecimento razoável sobre o programa nuclear Iraniano e o que sabemos não é animador. Foi anunciado que o Irão está a enriquecer urânio em dois locais – uma parte dele para níveis de 20%, muito além do que é necessário para fins civis. A Agência Internacional de Energia Atómica também relata que o Irão está a levar a cabo pesquisas para desenvolver projectos para ogivas nucleares. Resumindo, falta plausibilidade às alegações dos responsáveis iranianos que alegam “que o seu programa nuclear se destina unicamente à produção de energia e à investigação médica.

Mas ainda há muita coisa que o mundo desconhece. Por exemplo, não sabemos se o Irão poderá estar a desenvolver pesquisas secretas em locais não divulgados, nem quando poderá vir a desenvolver uma arma nuclear rudimentar, variando as estimativas entre vários meses a vários anos. Também não sabemos se a liderança dividida do Irão decidiu desenvolver armas nucleares, ou parar apenas quando estiver próxima de ter essa capacidade, partindo do princípio de que poderia colher muitos dos benefícios de possuir armas nucleares, sem correr os riscos ou sem incorrer nos custos de as ter realmente.

Seja como for, as actividades iranianas colocam o mundo perante escolhas difíceis. Nenhuma delas está isenta de custos ou de riscos. Além disso não é possível calcular com precisão os custos e os riscos.

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