Enfrentar o Desafio do Crescimento Americano

BERKELEY – Os Estados Unidos continuam a recuperar da mais profunda crise económica que afectou o país desde a Grande Depressão, mas o ritmo dessa recuperação continua frustrantemente lento. Há várias razões para prever que se registe uma ligeira melhoria em 2013, embora, como de costume, existam riscos de agravamento da situação.

As principais fontes externas de eventuais perigos assentam numa recessão prolongada ou numa crise financeira na Europa e no crescimento mais lento nos mercados emergentes. A nível interno, o conflito político é responsável pelos dois maiores riscos: a incapacidade de se chegar a acordo para elevar o limite da dívida e um ciclo adicional de contracção orçamental que dificulta o crescimento económico.

Desde 2010, o fraco crescimento médio anual do PIB de 2,1% denotou uma insuficiente criação de emprego. Tanto neste período de recuperação como nos dois anteriores, a recuperação do crescimento do emprego foi mais fraca e mais morosa do que o crescimento do PIB. Mas a perda de empregos na recessão mais recente registou um número mais de duas vezes superior ao das anteriores recessões, deste modo, uma recuperação lenta representou uma taxa de desemprego muito mais elevada durante um período de tempo muito mais longo.

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