NEW HAVEN – África representa atualmente cerca de 17% da população mundial, mas apenas cerca de 3% do PIB global. Estas estatísticas não só confirmam o fracasso em explorar o potencial de desenvolvimento do continente, mas também destacam as enormes oportunidades e riscos que há pela frente. Enquanto o continente de África continuar atrasado em termos económicos, será uma fonte de instabilidade global e extremismo. Mas se progredir, poderá ser uma das principais fontes de crescimento para o mundo.
África está bem familiarizada com o sofrimento. O continente foi assolado por escravos, saqueado por colonizadores, explorado pelas potências mundiais durante a Guerra Fria e devastado pelos conflitos pós-coloniais, deixando um legado de volatilidade implacável, violência horrível e pobreza generalizada.
Veja-se o exemplo das atrocidades cometidas pelo rei Leopoldo II da Bélgica no chamado Estado Livre do Congo (hoje a República Democrática do Congo, RDC) no final da década de 1890, enquanto saqueava o marfim e a borracha do país. Tal como Adam Hochschild relata no seu livro, O Fantasma do Rei Leopoldo, um jovem Edmund Morel, que testemunhou o saque de Leopold pelo lucro, descreveu os trabalhos forçados, “conduzidos pelos colaboradores mais próximos do rei”, como “terríveis e continuados”.
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Veja-se o exemplo das atrocidades cometidas pelo rei Leopoldo II da Bélgica no chamado Estado Livre do Congo (hoje a República Democrática do Congo, RDC) no final da década de 1890, enquanto saqueava o marfim e a borracha do país. Tal como Adam Hochschild relata no seu livro, O Fantasma do Rei Leopoldo, um jovem Edmund Morel, que testemunhou o saque de Leopold pelo lucro, descreveu os trabalhos forçados, “conduzidos pelos colaboradores mais próximos do rei”, como “terríveis e continuados”.
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