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A promessa de crescimento elevado de uma África integrada

WASHINGTON, DC/PORT LOUIS – Numa altura em que os Estados Unidos, outrora porta-estandarte do multilateralismo, adoptam o proteccionismo, África deu um passo ousado na direcção oposta, criando a maior área de comércio livre do mundo desde a fundação da Organização Mundial do Comércio em 1995. A Área de Comércio Livre Continental Africana (ACLCA), que entrou em vigor a 30 de Maio, inclui quase todos os países do continente. E comprova, mais uma vez, que África está a mudar.

Nos últimos anos, os africanos têm-se esforçado por recuperar esta narrativa, sublinhando o progresso notável dos seus países e o vasto potencial do continente, de modo a atrair investimento e a aprofundar o seu envolvimento regional e global. Têm bastante por que se vangloriar.

Nos últimos anos, o crescimento médio anual do PIB em África tem ultrapassado consistentemente a média global, e espera-se que permaneça pelo menos nos 6% até 2023. Seis das economias com crescimento mais rápido do mundo estão em África; para o período entre 2014 a 2050, a PwC prevê que a Nigeria, a África do Sul e o Egipto permaneçam no top ten.

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