A responsabilidade de proteger os migrantes

CORK – Os migrantes enfrentam inúmeros perigos. As máfias viciosas fazem-nos penetrar ilegalmente nas fronteiras, sem a mínima preocupação pelas suas vidas. Recrutadores gananciosos extorquem os rendimentos destas pessoas. Empregadores abusivos exploraram a sua mão-de-obra. E, acrescentando o insulto à injúria, o sentimento anti-imigrante corrói a vontade política de enfrentar estes desafios.

No entanto, quando se trata de proteger o bem-estar e os direitos da população migrante, abundam as práticas inteligentes - e estas deviam ser promovidas de forma mais abrangente e implementadas com maior frequência. Estando o número de migrantes internacionais em vias de quase duplicar nas próximas décadas, estas práticas devem tornar-se pontos de referência para a acção.

A situação dos migrantes é particularmente trágica quando decorre de um conflito violento, como é o caso na Síria e na Líbia, ou de catástrofes naturais ou provocadas pelo homem. Em situações de crise como estas, a vida e a segurança física dos migrantes está comprometida, não por culpa própria. No entanto, o mundo não dispõe de orientações claras sobre a forma de os proteger.

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